Dicas de viagem by Jose Barazal 2016

Foi perguntado ao finado Barazal sobre adaptações nas Safaris:

 
 

Ao Eduardo e aos colegas do SAMPA KOMBI CLUBE:

Perdoem-me pela longa explanação.

A Kombi SAFARI é uma paixão! Se agirmos com a razão, seu uso é gratificante e as viagens inesquecíveis. Parabéns pela aquisição!

Alerto que eu não sou a pessoa indicada para este tipo de orientação (modificações no veículo), pelas seguintes razões:

Lembremo-nos antes de mais nada, que a SAFARI é um veículo de lazer mais lento que os demais e as viagens devem ser muito bem planejadas. Se houver pressa para chegar a um destino, melhor ir de automóvel em bom estado de conservação e usar a rede de hotéis para pernoites, bem como restaurantes para as refeições.

1 – Como Engenheiro, não sou adepto de modificações mecânicas artesanais em equipamentos desenvolvidos por profissionais de Engenharia, no caso as equipes da VW alemã e da Karmann-Ghia;

2 – Nos meus longos anos de vivência com SAFARI (31 anos), só ouço fatos negativos com estes tipos de adaptações: alargadores, rodagem dupla, etc. Vi modificações para motores tipo “AP”, que resultaram em problemas irreparáveis. É de chorar o que chegam a fazer! Um deles eliminou a cama trazeira / sofá para acomodar o tal motor AP.

3 – Rodo muito com minha SAFARI, constantemente, curtas ou longas viagens. O que faço? Pneus em ótimo estado, dois estepes, suspensão e terminais de direção impecáveis, “molões” espirais nos amortecedores, amortecedores em ótimo estado e direção defensiva. Entro em curvas, pensando e estimando a força centrífuga, carrego apenas o essencial, uso a velocidade compatível com a pista, com ventos laterais diminuo a velocidade e eventualmente paro, alinhando a frente (que é um aerofólio aerodinâmico – ver “Lei de Bernoulli”) com o vento predominante. Lubrifico (faço engraxar) o veículo a cada troca de óleo (5 mil km). Freios corretamente regulados. Pneus radiais 8 lonas, pressão 45 libras ou 3 bar. Regulagem de válvulas de cabeçote, a cada 5 mil km. Meu motor é o original, dupla carburação, 1.600. Subo a serra da rodovia dos Imigrantes sem obstáculos, em terceira marcha. Desço a Serra do Rio do Rastro (SC) em primeira marcha, freio motor e paro duas vezes no trecho de 15 km, para descansar e permitir que os outros que me seguem, não fiquem “amarrados”. Planejando faço viagens com trechos de 500 / 600 KM ao dia, pernoito em pontos previamente definidos e seguros. Nunca tive surpresas negativas, graças ao nosso bom Deus e planejamento da viagem. Evito viajar à noite. Se puder não viajo com chuva por longo trecho. Nos dias de hoje temos previsões meteorológicas confiáveis.

SEU TEMA, SUGESTÕES:

Alargadores afetam o conjunto de tração e o câmbio. É uma questão de física aplicada (alavanca e momento de força). Rodagem dupla afeta mais ainda, além de pagar pedágio em dobro e colocar mais peso morto no conjunto. Qual a vantagem?   

Mesmo assim, entendo que cada proprietário tem o direito e a opção de modificar seu veículo, dentro da  Legislação vigente, (CTB Lei 9503 de 23/12/1997 e Resolução CONTRAN 533/78) mas sugiro que antes disto, fale com quem já fez as modificações e posteriormente com seu Despachante de Trânsito. Confira quantas SAFARIS foram assim modificadas e estejam ainda rodando como eu rodo, Brasil afora e países limítrofes. Tendo modificado o veículo sem atender a Lei, estará sujeito a que um policial rodoviário ou de trânsito, resolva aplicar a Lei ou o “jeitinho”, atazanando o que seria uma bela viagem de lazer

Uma pessoa a ser consultada é o amigo Marcos Pivari do site www.macamp.com.br que é a meu ver, conhecedor profundo e coerente em todos os seus pareceres no tema campismo e motor homes.

Por último, mas não menos importante, SEJA FELIZ COM SUA SAFARI, viva o momento presente!

Estou no youtube, com minha safari: https://www.youtube.com/watch?v=sGFgNM1r29c

 

José Barazal Alvarez (in memorian)

 

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